Embora tenha potencial para se tornar uma referência mundial em pesquisa clínica, Brasil carece de investimentos no setor. Entenda no artigo
De acordo com informações do Conselho Federal de Medicina, o governo utiliza um valor per capita de R$3,83 ao dia para cobrir as despesas com saúde dos mais de 210 milhões de habitantes do Brasil, distribuídos nos três níveis de gestão (federal, estadual e municipal). Em 2019, o gasto médio por habitante com saúde foi de R$ 1.398,53 em todo o país.
Para garantir a segurança e eficácia dos medicamentos utilizados pela população brasileira, é fundamental que os mesmos passem por uma etapa importante: a pesquisa clínica. A pesquisa clínica observa, registra e atesta as reações de um fármaco no corpo humano, a fim de garantir sua eficácia e segurança no uso.
Apesar da importância da pesquisa clínica para a evolução da saúde mundial, o Brasil ainda carece de investimentos nesse setor. Mesmo sendo o 6º maior mercado farmacêutico do mundo, possuindo uma população multiétnica e com diferentes tipos de clima, o país ainda está atrás quando se trata de investimentos em pesquisas clínicas.
O Brasil lidera pesquisas clínicas na América Latina, mas representa apenas 2% do total mundial.
Cerca de 42% dos estudos de pesquisa clínica na América Latina são realizados no Brasil, o que representa aproximadamente 8.805 estudos. Entretanto, o país é responsável por apenas 2% das pesquisas clínicas em nível mundial.
Desde a fundação da Abracro, o Brasil vem expandindo o seu potencial no mercado. Para se ter ideia, o número de estudos realizados no país aumentou de cerca de 300 por ano para uma média de quase 600 por ano nos últimos cinco anos, de acordo com levantamento feito pela National Library of Medicine.
Durante a pandemia, mais de 400 ensaios clínicos foram realizados em todo o mundo para combater o coronavírus. O Brasil participou de cerca de 3,85% desses estudos relacionados à Covid-19, além de ter evoluído de 27% para 40% nos estudos em estágios iniciais entre 2018 e 2020, segundo o Ministério da Saúde.
Mercado de pesquisa clínica no Brasil sofre com déficits de investimentos
Apesar de ser um setor promissor, o mercado em questão tem sido ignorado e recebe déficits significativos de investimento na área de pesquisa clínica, impactando diretamente o desenvolvimento e a produção de novos tratamentos para diversas enfermidades que atingem a população brasileira.
Recentemente, as Leis de Diretrizes Orçamentárias têm proposto bloqueios e reduções nos recursos destinados à pesquisa científica, incluindo um bloqueio de R$2,5 bilhões. Nesse contexto, há uma preocupação em relação ao futuro do mercado.
É importante destacar que o investimento em ciência e pesquisa deve ser constante e crescente, a fim de garantir tratamentos e medicamentos mais adequados para as pessoas de maneira democrática. A Pesquisa Clínica é fundamental para que medicamentos e terapias sejam testados em diferentes populações e estágios da doença, assegurando resultados seguros e eficazes para todos.
O IPC Tatuí é um instituto de pesquisa clínica especializado na condução de estudos para as mais diversas áreas da medicina, zelando sempre pela segurança e conforto dos pacientes e pela integridade dos resultados.
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