A asma é uma das doenças crônicas mais comuns no Brasil, afetando cerca de 20 milhões de pessoas, de acordo com o DATASUS. Ainda assim, estima-se que 90% dos asmáticos no país não conseguem controlar a doença de maneira adequada. Essa falta de controle pode ser atribuída a diversos fatores, que vão desde a falta de adesão ao tratamento até a dificuldade em seguir recomendações médicas.
Um estudo da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) revelou que 73% dos pacientes não seguem as orientações médicas corretamente, sendo que 47% admitem não utilizar os medicamentos prescritos de forma regular. Esse comportamento impacta diretamente a saúde, resultando em quadros descompensados e aumentando o risco de crises mais graves.
Entre os motivos para essa baixa adesão ao tratamento, destaca-se a falta de conhecimento sobre a gravidade da doença e a crença, tanto por parte de pacientes quanto de profissionais da saúde, de que a asma é uma condição menos perigosa do que realmente é. Esse subestimar da doença acaba por levar à negligência nos cuidados diários necessários para controlar os sintomas, que muitas vezes exigem tratamentos contínuos com o uso de medicações preventivas.
Outro fator relevante é o impacto do tabagismo, que além de agravar os sintomas da asma, dificulta o controle da doença. O Ministério da Saúde, através do Programa Nacional de Controle do Tabagismo, tenta reduzir a prevalência de fumantes e, consequentemente, melhorar o controle de doenças respiratórias como a asma.
Adicionalmente, barreiras socioeconômicas também desempenham um papel importante. O acesso limitado a medicamentos e a serviços de saúde de qualidade, especialmente em regiões com poucos recursos, impede que muitas pessoas recebam o tratamento adequado. Mesmo com iniciativas como a Linha de Cuidados da Asma e protocolos como o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) de 2021, muitas áreas do Brasil ainda enfrentam desafios para garantir um tratamento eficaz para todos.
Por fim, um aspecto psicológico não pode ser ignorado: a aceitação da doença crônica e o manejo diário da asma podem ser desgastantes para muitos pacientes, o que contribui para a desmotivação em seguir o tratamento corretamente.
Esses fatores combinados ajudam a explicar por que 90% dos asmáticos no Brasil não conseguem manter a doença sob controle, mesmo com o avanço das diretrizes clínicas e programas de conscientização.
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