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Por que 90% dos brasileiros não têm a asma controlada?

Asma

A asma é uma das condições respiratórias crônicas mais comuns no Brasil e no mundo. No entanto, um dado alarmante preocupa profissionais de saúde: cerca de 90% dos brasileiros com asma não conseguem manter a doença sob controle. Isso significa que a maioria dos pacientes experimenta sintomas frequentes, como falta de ar, chiado no peito, tosse, e crises que impactam sua qualidade de vida. Mas por que tantas pessoas têm dificuldade em controlar a asma? Diversos fatores contribuem para esse problema.

1. Desconhecimento sobre a doença

Uma das principais razões é o desconhecimento sobre a asma, tanto por parte dos pacientes quanto de seus familiares. Muitas pessoas não entendem completamente o que é a doença e como ela afeta o corpo. A asma é uma condição inflamatória crônica das vias respiratórias, o que significa que, sem tratamento adequado, os sintomas podem se agravar com o tempo. No entanto, é comum que os pacientes minimizem seus sintomas, acreditando que a asma é uma “crise isolada” ou que se trata apenas de algo momentâneo. Essa falta de informação pode levar ao descuido em seguir tratamentos contínuos e preventivos.

2. Acesso limitado ao tratamento

Outro fator que influencia o baixo controle da asma no Brasil é o acesso limitado a medicamentos e tratamentos adequados. Embora existam medicamentos eficazes e inaladores de manutenção que ajudam a prevenir as crises asmáticas, nem todos os pacientes conseguem acessá-los. O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza alguns medicamentos, mas há relatos de dificuldades na obtenção de medicamentos específicos em determinadas regiões do país, além de barreiras financeiras para quem busca tratamentos no setor privado.

3. Falta de adesão ao tratamento

Mesmo quando o paciente tem acesso ao tratamento, a falta de adesão é um problema recorrente. Muitos pacientes interrompem o uso de medicamentos quando se sentem melhor, acreditando que estão “curados”, ou negligenciam a importância dos inaladores de manutenção que devem ser usados diariamente, mesmo na ausência de sintomas. Além disso, o estigma associado ao uso de inaladores, principalmente em ambientes sociais, pode fazer com que muitos evitem o tratamento em público, prejudicando o controle da doença.

4. Diagnóstico inadequado ou tardio

O diagnóstico precoce da asma é fundamental para o controle eficaz da doença. No entanto, muitos brasileiros convivem com sintomas por anos sem um diagnóstico preciso. Isso pode ocorrer devido à falta de acesso a serviços de saúde especializados ou à subestimação dos sintomas, especialmente em áreas mais afastadas e com menor infraestrutura médica. Em muitos casos, a asma só é diagnosticada após uma crise grave, quando o paciente já está em estado avançado da doença.

5. Fatores ambientais e socioeconômicos

As condições ambientais e socioeconômicas também desempenham um papel crucial no controle da asma. A exposição a poluentes atmosféricos, poeira, mofo e fumaça de cigarro pode agravar os sintomas. Além disso, pessoas de baixa renda muitas vezes vivem em ambientes com maior exposição a esses fatores, o que torna mais difícil o controle da doença. A falta de educação sobre como lidar com esses fatores desencadeantes também contribui para o problema.

6. Falta de educação e suporte médico contínuo

O acompanhamento regular de um médico é essencial para garantir o controle da asma, mas muitos brasileiros só procuram ajuda quando estão enfrentando uma crise. Isso resulta em uma abordagem reativa, e não preventiva, da doença. Além disso, a falta de programas educacionais continuados que ensinem os pacientes a reconhecer e gerenciar seus sintomas também contribui para o baixo índice de controle.

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